segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Vinte e uma coisas que aprendi como escritor


Moacyr Scliar

APRENDI que escrever é basicamente contar histórias, e que os melhores livros de ficção que li eram aqueles que tinham uma história para contar.

APRENDI que o ato de escrever é uma seqüela do ato de ler. É preciso captar com os olhos as imagens das letras, guardá-las no reservatório que temos em nossa mente e utilizá-las para compor depois as nossas próprias palavras.

APRENDI que, quando se começa, plagiar não faz mal nenhum. Copiei descaradamente muitos escritores, Monteiro Lobato, Viriato Correa e outros. Não se incomodaram com isto. E copiar me fez muito bem.

APRENDI que, quando se começa a escrever, sempre se é autobiográfico, o que - de novo - não prejudica. Mas os escritores que ficam sempre na autobiografia, que só olham para o próprio umbigo, acabam se tornando chatos.

APRENDI que, para aprender a escrever, tinha de escrever. Não adiantava só ficar falando de como é bonito ( ... )

APRENDI que uma boa idéia pode ocorrer a qualquer momento: conversando com alguém, comendo, caminhando, lendo (e, segundo Agatha Christie, lavando pratos).

APRENDI que uma boa idéia é realmente boa quando não nos abandona, quando nos persegue sem cessar. O grande teste para uma idéia é tentar se livrar dela. Se veio para ficar, se resiste ao sono, ao cansaço, ao cotidiano, é porque merece atenção.

APRENDI que aeroportos e bares são grandes lugares para se escrever. O bar, por razões óbvias; o aeroporto, porque neles a vida como que está em suspenso. Nada como uma existência provisória para despertar a inspiração literária.

APRENDI que as costas do talão de cheque é um bom lugar para anotar idéias (é por isso que escritor tem de ganhar a grana suficiente para abrir uma conte bancária). O guardanapo do restaurante também serve, desde que seja de papel e não de pano. (...)

APRENDI que o computador é um grande avanço no trabalho de escrever, mas tem um único inconveniente: elimina os originais, os riscos, os borrões, e portanto a história do texto, a qual - como toda história - pode nos ensinar muito.

APRENDI que a mancha gráfica representada pelo texto impresso diz muito sobre este mesmo texto. As linhas não podem estar cheias de palavras; o espaço vazio é tão eloqüente quanto o espaço preenchido pela escrita. O texto precisa respirar, e quando respira, fica graficamente bonito. Um texto bonito é um texto bom.

APRENDI a rasgar e jogar fora. Quando um texto não é bom, ele não é bom - ponto. Por causa da auto-comiseração (é a nossa vida que está ali!) temos a tentação de preservá-lo, esperando que, de forma misteriosa, melhore por si. Ilusão. É preciso ter a coragem de se desfazer. A cesta de papel é uma grande amiga do escritor. (...)

APRENDI a não ter pressa de publicar. Já se ouviu falar de muitos escritores batendo aflitos, à porta de editores. O que é mais raro, muito mais raro, são os leitores batendo à porta do escritor.

APRENDI a não reler meus livros. Um livro tem existência autônoma, boa e má. Não precisa do olhar de quem o escreveu para sobreviver.

APRENDI que, para um escritor, um livro é como um filho, mas que é preciso diferenciar entre filhos e livros.

APRENDI que terminar um livro se acompanha de uma sensação de vazio, mas que o vazio também faz parte da vida de quem escreve.

APRENDI que há uma diferença entre literatura e vida literária, entre literatura e política literária. Escrever é um vício solitário.

APRENDI a diferenciar entre o verdadeiro crítico e o falso crítico. O falso crítico não está falando do que leu. Está falando dos seus próprios problemas.

APRENDI que, para um escritor, frio na barriga ou pêlos do braço arrepiados são um bom sinal: um livro vem vindo aí.

Um comentário:

Anônimo disse...

10 Workers to Tip This Season
When and How to Say Thanks

by Bridget Quigg, PayScale.com

Tipping this holiday season may sound too fancy for your budget. But when you consider that many of the people you tip get anywhere from 8 to 68 percent of their income from tips, you may want to give these helpful folks a break and plan for an added service charge.
1. Bartender
Base Pay per Hour: $7.30
Tips per Hour: $10.30
Percent of Total Hourly Income in Tips: 59%

Fortunately for this service provider, we all tend to get a little more generous as the night goes on. But, it's a good thing when you consider that bartenders are getting the majority of their income from the extra dollars we place on the bar. Typical tip: 10-15 percent of the bar bill.

2. Waiter/Waitress
Base Pay per Hour: $4.60
Tips per Hour: $9.90
Percent of Total Hourly Income in Tips: 68%

Wow, nearly 70 percent of your waiter's income is based on that tip that you give. So, if you think that a bottle of wine would make a nice addition to your steak dinner, be ready to pay the service charge along with it. Typical tip: 15-20 percent of the bill, 20 percent at fine restaurants or if you have a large group.

3. Massage Therapist
Base Pay per Hour: $26.30
Tips per Hour: $4.80
Percent of Total Hourly Income in Tips: 15%

Between lugging heavy shopping bags, traveling thousands of miles and trying to tolerate your family's funky quirks, you may be a little tense. Wouldn't a rejuvenating rub down clear you mind? Typical tip: 10-20 percent of the total, 20 percent if it is a really great massage.

4. Hairstylist
Base Pay per Hour: $9.90
Tips per Hour: $3.50
Percent of Total Hourly Income in Tips: 26%

Oh, if you could only get that perfect cut and color before those annual holiday get-togethers. You can! Just remember that your hairstylist relies on you to provide nearly 30 percent of their income. Typical tip: 15 percent of the total.

5. Concierge
Base Pay per Hour: $13.80
Tips per Hour: $1.50
Percent of Total Hourly Income in Tips: 10%

How about an evening in the big city, complete with a hotel stay, a stage show and a romantic table for two? It sounds nice but could require some planning. Let your concierge do all the work and then make sure to say thanks. Typical tip: $5-10 is average, more for special services or favors.

6. Doorman
Base Pay per Hour: $11.00
Tips per Hour: $4.90
Percent of Total Hourly Income in Tips: 31%

Nothing is quite as exciting as getting dressed up to go out on the town then having the front door magically swing open in front of you as the doorman whistles for your taxi. How much does he deserve for this luxurious treatment? Typical tip: $1 dollar or more for help with luggage or finding a taxi on the street.

7. Parking Attendant
Base Pay per Hour: $8.90
Tips per Hour: $3.70
Percent of Total Hourly Income in Tip: 29%

You toss them the keys and when they toss them back, how much do they get? Typical tip: $1-2, depending on how far they travel to get your car.

8. Van Driver
Base Pay per Hour: $10.20
Tips per Hour: $1.30
Percent of Total Hourly Income in Tips: 11%

Whether you're off to visit grandpa and grandma or are helping coordinate their arrival at your house, you will likely need to tip an airport or hotel van driver. Typical tip: $1 or more per bag, especially if they help you with your luggage.

9. Musician/Singer
Base Pay per Hour: $49.10
Tips per Hour: $4.10
Percent of Total Hourly Income in Tips: 8%

No holiday party is complete without a jazzy guitar riff playing in the background or a bright-lipped brunette cooing about winter. But, what are these pleasant sounds worth? Typical tip: $35-75 per person.

10. Taxi Driver
Base Pay per Hour: $16.10
Tips per Hour: $4.40
Percent of Total Hourly Income in Tips: 21%

Taxi drivers zig-zag through congested main strips and zoom along back roads to get you there on time. What sort of tip do they deserve? Typical tip: 15 percent of fare, $1 per bag up to 5 bags, $2 per bag for 5 or more bags or if bags are very heavy (50 lbs. each).

Sources: Median base pay per hour, median tip per hour and percent of total hourly income in tips data are provided by Payscale.com. Tipping data provided by The Original Tipping Page.